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sexta-feira, 17 de junho de 2011

sábado, 10 de julho de 2010

CÁLCULO RENAL

A grande maioria dos cálculos das vias urinárias saem espontaneamente. Em geral, o tratamento é conservador, com a administração de antiinflamatórios e grande ingestão de líquidos para tentar "empurrar" a pedra para fora.

Cálculos menores que 5mm (0,5cm) saem espontaneamente. Cálculos maiores que 10mm (1cm) não saem sozinhos, pois são até 3x maiores que o diâmetro médio do ureter.

Os cálculos costumam ser encontrados
1- Dentro dos rins
2- No ureter proximal
3- No ureter médio ou distal
4- Na bexiga
5- Na uretra





Os cálculos grandes que ficam impactados nas vias urinárias precisam ser removidos. O modo de remoção é escolhido pelo urologista, que leva em conta o tamanho da pedra e o local onde esta ficou presa.

As grandes indicações para intervenção em cálculos das vias urinárias são : Infecção urinária associada, cálculos grandes ou coraliformes, deterioração da função renal (leia sobre a creatinina) ou dor refratária ao tratamento conservador.

Grosso modo, os métodos mais usados são

· Litotripsia extra-corpórea - Método onde as pedras são quebradas por meio de ondas de choque aplicadas através da pele

· Ureterolitotripsia - As ondas de choque são aplicadas diretamente nos cálculos, através de endoscópio inserido pela uretra até o ureter.

· Nefrolitotomia percutânea - Uma pequena cirurgia onde o endoscópio é inserido através da pele até o local onde esta o cálculo

· Cirurgia convencional - Procedimento onde o rim necessita ser aberto para retirada das pedras. Normalmente usada em cálculos complicados, principalmente os coraliformes.

Após qualquer manipulação do ureter, este pode apresentar um grau de edema secundário a reação inflamatória, que por si só pode obstruir a passagem de urina e de restos de cálculos que ainda possam permanecer. Por isso, costuma-se inserir um cateter chamado de duplo J, ou rabo de porco (pig-tail em inglês), para garantir a permeabilidade da via manipulada.
O cateter apresenta as duas extremidades em forma parecida com a letra J, daí o seu nome. O Duplo J apresenta furos em seu trajeto que permitem o escoamento da urina.


Uma ponta fica dentro do rim e a outra dentro da bexiga. Portanto, mesmo que haja obstrução em algum ponto do ureter, independente da causa, o duplo J garante a permeabilidade da via urinária. Este cateter pode permanecer por várias semanas até que o urologista ache seguro retirá-lo.


Após a colocação do duplo J pode haver dor lombar e abdominal , ardor ao urinar e sangramentos na urina durante alguns dias. Se houver febre, dor excruciante ou sangramento exuberante com coágulos, deve-se contactar o urologista para uma reavaliação.

A retirada do cateter é um procedimento simples e feito por via endoscópica com um cistoscópio. Entra-se pela uretra com esse endoscópio e puxa-se o cateter para fora. Se não houver complicações como aderências ou deslocamentos do duplo J, a retirada é um procedimento rápido, e na maioria das vezes, indolor.